Desde 2013, o Cadastro Positivo foi implementado no Brasil, servindo como um banco de dados inverso ao cadastro dos maus pagadores. De forma geral, é um banco informacional contendo informações com o histórico de bons pagamentos de financiamentos e dívidas das pessoas que não deixam que suas contas atrasem e que não se caracterizem como pagadoras ruins.
Da mesma forma que os cadastros de inadimplência, o Cadastro Positivo é mantido por instituições de crédito (em geral, as mesmas empresas, como o SPC Brasil e a Serasa Experian, por exemplo).
Diferentemente daqueles que tratam de inadimplência, o processo de entrada no Cadastro Positivo é realizado voluntariamente pelo consumidor, que permite que suas informações sejam compartilhadas e que seu histórico de pagamento seja verificado.
Para quê serve o cadastro positivo?
O Cadastro Positivo tem a intenção institucional de fornecer uma contrapartida aos cadastros de maus pagadores. Taxas de juro e fornecimento de crédito no Brasil trabalham com uma média de riscos: os bons pagadores acabam pagando percentuais que são incluídos em função dos maus pagadores.
A ideia geral é que o Cadastro Positivo demonstre para as empresas que o seu cliente em potencial é, historicamente, um bom pagador, podendo ofertar uma proposta de crédito mais justa e adaptada à realidade daquele consumidor.
O propósito da iniciativa é oferecer taxas e condições mais razoáveis de pagamento, além da aprovação do crédito e de financiamentos com maior facilidade. Com seu nome no Cadastro Positivo, o consumidor deve ser beneficiado por um bom histórico de pagamentos.
Como funciona?
Através da autorização do consumidor, seus dados são compartilhados no Cadastro Positivo, onde seu histórico de pagamentos fica disponível para a análise de instituições de crédito ou empresas que financiam seus produtos.
É uma espécie de comprovação de boa fé no pagamento, que deve retornar uma condição e posição de negociação muito mais confortável para o comprador. É a situação inversa de possuir o nome em um cadastro de devedores, que geralmente resulta em negação do crédito ou do financiamento para a pessoa já endividada.
Quais informações são públicas e quais não são?
Muitas pessoas receberam a ideia do Cadastro Positivo com certa desconfiança, especialmente em relação ao compartilhamento de informações. Sabe-se que o fornecimento de informações pessoais, em dias atuais, é um grande risco para a população, especialmente quando não é clara a finalidade da atividade.
O Cadastro Positivo trabalha, de fato, com informações detalhadas, mas busca sempre oferecer proteção e sigilo em relação à especificidades que não importam para o histórico de pagamentos do consumidor.
Ao realizar uma compra, a pessoa com perfil ativado no Cadastro Positivo irá ter as seguintes informações compartilhadas:
- Os dados cadastrais para a realização da compra;
- O valor total da compra feita;
- A quantidade de parcelas previstas e o valor de cada uma;
- As datas para as quais as parcelas estão marcadas;
- Os pagamentos já feito em relação àquela compra.
Ao contrário do que muitos pensam, informações particulares da compra (como o endereço, metragem, quantidade de quartos, no caso de compra de um imóvel, ou modelo e cor do carro, por exemplo) não são divulgados no sistema, uma vez que não interessam para a análise de crédito e colocariam em risco o consumidor.
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