O número de fumantes no Brasil está caindo com o passar dos anos, mas ainda há uma porcentagem significativa da população que faz uso do tabaco. A indústria do cigarro criou o chamado “cigarro eletrônico’’ alegando que o produto faz menos mal para a saúde do que o cigarro convencional.
Mesmo assim, o produto é proibido no Brasil desde 2009, mas recentemente várias discussões que envolvem a ANVISA estão debatendo se o país vai ou não mudar essa decisão. Entenda quais são os pontos de revisão no debate, e quais países já permitem o uso do cigarro eletrônico:
O que é o cigarro eletrônico?
Também conhecido como e-cigarro, o cigarro eletrônico é um dispositivo que converte em vapor a nicotina diluída em líquidos específicos. A nicotina é a responsável por causar o vício nas pessoas que fazem o uso do cigarro.
Como funciona o cigarro eletrônico?
O intuito do cigarro eletrônico é simular a mesma sensação que o fumante tem ao consumir o cigarro normal, mas usando somente a nicotina, que é o elemento viciante, e excluindo outras substâncias presentes no cigarro convencional.
Para isso a nicotina é diluída em um líquido, essa mistura fica armazenada dentro do dispositivo eletrônico. Assim, quando o produto é ligado o vaporizador age, transformando o líquido em fumaça. A ponta do dispositivo que corresponde ao filtro faz com que o usuário possa tragar normalmente o vapor, como se fosse um cigarro comum.
E quais seriam os benefícios do cigarro eletrônico?
O que a indústria do tabaco diz é que o cigarro eletrônico tem cerca de 4.700 substâncias a menos que o cigarro convencional, e com isso funciona de modo a reduzir possíveis doenças como câncer de pulmão e outras.
Diferença cigarro convencional x cigarro eletrônico
Convencional: Queima o tabaco, temperatura de 600 graus, presença de monóxido de carbono, presença de nicotina e produzido com tabaco em folha;
Eletrônico: Aquecem a nicotina líquida com aromatizantes e extrato de tabaco, temperatura de 350 graus, sem monóxido de carbono, presença de nicotina, sem tabaco em folha.
Cigarro eletrônico mercado mundial
Alguns países permitem a venda desses dispositivos eletrônicos, como por exemplo, a China, os Estados Unidos, Reino Unido e o Japão. Sendo os americanos os maiores consumidores do dispositivo. Já os países da Europa, como França, Itália, Portugal, entre outros, permitem a venda, mas colocam algumas restrições, como por exemplo, o controle da publicidade desse tipo de dispositivo.
Proibição no Brasil
Como vimos no começo do artigo no Brasil a venda e o uso de cigarros eletrônicos é proibida desde 2009, através da Resolução RDC 46/2009 da Anvisa.
Motivo da restrição: A proibição do produto no Brasil, gera uma polêmica grande, mas a Anvisa explicou o motivo, segundo eles esses cigarros eram vendidos na indústria brasileira como uma promessa para deixar de fazer uso do tabaco, sendo um ambiente sem riscos para a saúde, e que poderia ser inclusive usado em ambientes fechados. Porém, a indústria não conseguiu provar nenhuma dessas hipóteses para a Anvisa, já ainda faltam pesquisas que indiquem que realmente o cigarro eletrônico faz menos mal para a saúde, do que o cigarro convencional.
Deixe seu Comentário