Todos os anos são registrados diversos casos de boletos fraudados, o consumidor faz o pagamento e no mês seguinte descobre que está ainda está em inadimplência – e o caso do golpe do boleto do IPVA falso é um dos mais conhecidos. Esse golpe está cada vez mais popular, pois, segundo informações do Cert.br, o crime praticado por hackers aumentou cerca de 100% no último ano.
Alguns boatos circulam na internet que até mesmo boletos de IPVA têm sido fraudados, apesar de a informação não ser confirmada pelas autoridades, não podemos dizer que isso não aconteceu ou que nunca irá acontecer, pois esse golpe já acontece com outros boletos bancários.
Como funciona a fraude?
Todas as vezes que você emite um boleto é gerado um código de barras contendo uma sequência numérica de 48 dígitos. Os primeiros três números identificam o código do banco responsável por emitir o documento que é para onde o pagamento vai ser enviado.
Os demais números indicam a moeda do país, a data de vencimento do boleto e o valor a ser pago. Dos 48 números, apenas 22 possuem informações importantes e relevantes para o consumidor.
Os outros números ajudam a tornar aquele boleto um código único, com o objeto de evitar duplicidades nos pagamentos, um documento nunca será igual ao outro.
Como acontece a fraude?
Os hackers podem invadir o seu computador, ou o sistema de segurança de uma empresa e modificar os dados dos boletos sem que os consumidores percebam.
Ao fazer isso, eles conseguem modificar a linha digitável e a sequência numérica do código do banco e vencimento de forma que o pagamento é desviado para outra conta.
Segundo as últimas informações sobre essas fraudes, a Federação Brasileira de Bancos, revelou que no ano de 2016 foi registrado um prejuízo de mais de R$ 300 milhões de reais para as operadoras bancárias.
Como se proteger de fraudes?
Boletos de IPVA têm sido um dos mais emitidos do país nos últimos anos, e por isso, podem ser mais suscetíveis para ataques de hackers. E, como eles são produzidos com entidades consideradas seguras, ficamos ainda mais vulneráveis, pois na maioria das vezes as fraudes são imperceptíveis.
Algumas medidas foram tomadas pela secretaria de fazenda após a circulação de boatos de IPVA falso. O documento enviado pelos correios deverá ser pago no banco credenciado e com o número do RENAVAM do veículo, para evitar qualquer tipo de fraude.
Caso você desconfie que o boleto possa ser falso, deverá entrar em contato imediato com a secretaria de fazenda que irá apurar os fatos, e se confirmado golpe será encaminhado para a polícia civil que identificará os criminosos.
Se constatado que você realmente foi lesado, teve um prejuízo com o pagamento do seu boleto, você tem o direito de ser ressarcido, pois o banco que emitiu o boleto declara que é responsável pela emissão desses documentos.
Mas, você pode evitar toda essa situação por prestar a atenção na hora de fazer o seu pagamento.
Em primeiro lugar, verifique os três primeiros códigos e observe se confere com o número do banco que emitiu o boleto, você poderá encontrar essa informação no site da FEBRAN.
Compare com o boleto do ano anterior, como espaçamento entre as linhas, a fonte do texto e observe se é mesmo parecido com os outros. Confira atentamente se o código de barras confere com o mesmo que está acima da fatura.
Tenha muita atenção aos detalhes, leia todo o texto antes de efetuar o pagamento principalmente se tiver algum erro de português. Desconfie de qualquer dado que você achar que não está batendo.
Se você tem o costume de emitir o boleto pelo site, é melhor que você tenha uma antivírus de boa qualidade que possa bloquear todo tipo de ameaças.
Com toda a tecnologia, os hackers estão cada vez mais especializados, por isso cada detalhe é importante para não cair em uma fraude.
E, se você caiu em uma dessas, procure as autoridades, você pode conseguir contribuir para a identificação e prisão desses criminosos.
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