Desde o início do atual século, falar em BRICs (ou, atualmente, BRICS) é algo cada vez mais importante. Em torno de 2001, o primeiro economista apontou os quatro países considerados emergentes, com o potencial de adquirirem papel cada vez mais central na economia mundial, ao ponto de se equipararem às grandes potências de então.
Quase 20 anos após a criação do termo, a sigla parece cada vez mais consolidada, incluindo novos membros e dando pequenos passos no sentido de consolidar sua importância enquanto um grupo ainda informal.
Saiba o que são os BRICS, qual a sua importância no cenário global e o que se discute sobre o assunto:
Que países formam o BRICS?
Originalmente, o termo BRICs dizia respeito a quatro países emergentes. Academicamente, o termo era utilizado para definir a união de características econômicas do Brasil, da Rússia, da Índia e da China. Após uma espécie de acolhimento do termo por parte destes países, foi incluído um quinto membro.
O s ao final da sigla, que indicava a pluralidade destes países, foi consolidado como a representação da África do Sul (em Inglês, South África) e, torno de 2011. Por isso, a grafia correta tornou-se BRICS, com o S maiúsculo ao fim, representando o quinto membro desta união de emergentes.
Bloco ou agrupamento?
De maneira incorreta, muitas pessoas afirmam que existe o bloco econômico ou político dos BRICS. É importante saber que isso não é uma definição verdade: um bloco – como a União Europeia ou o Mercosul, por exemplo – exige documentação formal com Estatuto, carta de criação e uma série de declarações legais que estabelecem os compromissos e benefícios que os países que formam aquele bloco dividem entre si.
No caso do BRICS, nada disso existe. Informalmente, os países adotaram o termo – inclusive citando-o em convenções da ONU – como uma maneira de facilitar as relações diplomáticas entre si. Não há, no entanto, a oficialização através de documentos ou grupos consolidados.
Por isso, é correto dizer que os BRICS formam um agrupamento reconhecido, porém informal. É simplesmente um reconhecimento dos países de certos interesses em comum enquanto emergentes, mas não um esforço ativo de formular uma estratégia conjunta de caráter unitário.
BRICS em números
A representatividade dos BRICS na economia e na política global é verdadeiramente impressionante. Juntos, os cinco países reúnem mais de 20% de todo o PIB do planeta, e sua taxa de crescimento é extremamente acelerada.
Suas populações somadas corresponde a mais de 40% de toda a população mundial, e forma quase metade de mão de obra disponível no mundo. Além disso, formam um dos mercados de consumo mais atrativos e crescentes do planeta.
É relevante levar em consideração, no entanto, que não existe uma relação de proporcionalidade entre estes países emergentes. A grandeza de população da Índia e da China, por exemplo, é muito superior à da África do Sul. Além disso, a representatividade do PIB e do crescimento chinês atinge níveis que não podem ser comparados com os outros países participantes do agrupamento. Atualmente, muitos analistas já definem a China como uma das principais potências globais, em vez de um país emergente buscando centralidade.
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