Em meio à situação econômica e política que vive o Brasil atualmente, é muito comum que alguns brasileiros pensem em apostar na emigração para tentar uma melhor qualidade de vida no exterior. Seja para trabalhar ou estudar, mudar de país tem sido uma alternativa para fugir da má qualidade de ensino, saúde, moradia e emprego que tem se alastrado por todo o território nacional nos últimos anos.
Dentre os destinos mais procurados quando se fala em morar no exterior está a Índia. Conhecido por ser a região mais populosa do mundo e estar entre os 10 maiores PIBs do mundo, o país também chama a atenção pela sua cultura e tradições, o que pode ser um diferencial para brasileiros que estejam abertos a conhecer as características de um país asiático.
No entanto, se você está pensando em mudar para lá, é importante que você deixe de lado a beleza exótica do país e se atente para as condições básicas de sobrevivência, que incluem moradia, saúde, emprego e, principalmente, o salário. E, neste último ponto, as notícias não são nada boas para quem está pensando em trabalhar na Índia. O país perde em muito para outras nações em relação às suas diferenças salariais e de condições de trabalho, que são precárias.
Portanto, se você quer saber quanto custa e como funciona o salário mínimo na Índia, continue lendo esse artigo até e entenda tudo sobre o assunto antes de fazer as malas e pegar o primeiro avião. Vamos lá?
Como funciona o salário mínimo na Índia?
Como falamos nos parágrafos anteriores, este país é conhecido mundialmente por seu mercado de trabalho precário. Além das condições de trabalho desumanas, com mão-de-obra barata e pouco valorizada, o salário mínimo na Índia também é considerado baixíssimo, principalmente se comparado à média global. Para se ter uma ideia, dados divulgados pelo SMI este ano mostram que a Índia está na posição 93 dos 94 países que têm os salários mínimos mais baixos do mundo.
O mercado de trabalho indiano é marcado pela exploração do trabalho por parte das empresas da região e da informalidade na contratação dos trabalhadores, com taxas bastante altas. Por mais que tenha melhorado de forma significativa nos últimos anos, as possibilidades de emprego continuam pouco atraentes quando o assunto é mudar-se para a Índia.
Lá, o salário mínimo é diferente em cada região, já que o país é marcado por diversas divisões internas. Dependendo do local que você queira morar, os valores podem variar em até três vezes. De uma forma geral, há seis localidades com salários mínimos diferentes na Índia. Na região de Delhi, onde o valor é o mais alto, a remuneração paga aos empregados é de 423 rúpias por dia trabalhado.
A quantia é equivalente a 6,23 dólares ou 21,58 reais (considerando a cotação do dólar em 02/12/2016). Já o salário mais baixo fica na região de Bihar, que é de 160 rúpias diárias, o mesmo que 2,40 dólares ou 8,31 reais (mais uma vez levando em conta a cotação do dólar em 02/12/2016).
Diferente de como funciona o salário mínimo aqui no Brasil, as leis trabalhistas vigentes desde 1948 na Índia não garantem ao trabalhador nenhum benefício além da remuneração propriamente dita. Neste caso, para ter direito às férias, vale-transporte, vale-alimentação, horas extras, bônus ou 13º salário, o empregado e o empregador devem entrar em um acordo prévio, oficializado mediante assinatura do contrato de trabalho.
Principais características do mercado de trabalho indiano
Além de ter um salário mínimo considerado muito abaixo dos demais países do mundo, a Índia também é conhecida por sua alta taxa de empregos informais, ou seja, sem carteira assinada ou contrato de trabalho. Estima-se que entre os 460 milhões de trabalhadores do país, uma parcela de 395 a 422 milhões trabalhem na ilegalidade, fora das regulamentações formais trabalhistas.
Na prática, isso significa que cerca de 90% de toda a força de trabalho indiana não é amparada pela lei. Se for analisar profundamente, os dados indicam que, além do salário extremamente baixo, nem sempre ele é pago aos trabalhadores.
Ainda, por ter um salário mínimo muito baixo, não é estranho que o custo de vida também seja muito baixo no país, já que a mão-de-obra do trabalhador fica muito barata e os bens produzidos por eles – geralmente, no artesanato – sejam obrigatoriamente acessíveis.
A Índia também é um país com bastante chances de negociações e comunicação, já que a língua inglesa é um dos idiomas oficiais falados no país, e também de possibilidades para as áreas de telecomunicações e desenvolvimento, já que há um grande estímulo nesse sentido por parte da educação indiana.
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