Política

Capitalismo: conceito e desenvolvimento histórico

Embora todos nós vivamos dentro do capitalismo – mesmo aqueles que acreditem viver fora do sistema – nem todas as pessoas entendem o que significa este conceito, de forma específica. O capitalismo é, na prática, a maneira como a sociedade se organiza de maneira econômica e estrutural, definindo qual a forma como todas as sociedades se organizam.

Vigente há alguns séculos, o capitalismo é o sistema sócio-econômico consolidado após a decadência do feudalismo, e está diretamente relacionado ao desenvolvimento de cidades, às reduções de população rural, ao desenvolvimento industrial e ao estabelecimento da financeirização dos bens.

Ao longa de sua história, o capitalismo passou por uma série de transições importantes, que definem a própria forma como as sociedades se estruturam. Saiba mais a respeito desta forma de produção que rege praticamente todos os aspectos sociais de nossas vidas, e entenda melhor sua história e desenvolvimento:

Qual o significado de capitalismo?

Atualmente, a ideia de capital é bastante óbvia em nossa cabeça, estando diretamente ligada a dinheiro ou bens. Na prática, essa alusão é a mesma desde sua origem etimológica: do latim “capitale”, que significa “cabeça”, a palavra remete ao bem mais relevante de mensuração de de propriedade em tempos mais antigos: as cabeças de gado que alguém possuía.

Desta maneira, fazer parte de uma sociedade capitalista significa fazer parte de uma estrutura social em que os bens disponíveis e acumulados são unidade de medida para toda a vida pública. Sem bens, é impossível fazer parte dessa sociedade.

É por isso, por exemplo, que praticamente todas as pessoas trabalham ou buscam ter uma vida “confortável”: pois toda a estrutura social organiza-se em torno da obrigatoriedade do capital.

Evolução história do capitalismo

Como já mencionado, o capitalismo não foi o mesmo desde o final da estrutura feudal. Na verdade, pode-se definir três grandes fases de seu desenvolvimento até a atualidade. São elas:

Capitalismo Mercantil

O Capitalismo Mercantil, também chamado de Comercial ou, até mesmo, de pré-capitalismo é aquele que surge com a decadência do sistema feudal. O início do fortalecimento dos Estados modernos e o desenvolvimento de cidades permite que os próprios reinos desenvolvam comércios globalizados.

Marcadamente a partir do século XV, este tipo de capitalismo é fortalecido com a expansão de colônias e rotas comerciais oceânicas. Exemplo clássico do mercantilismo é o uso da Índia por parte de países Europeus, ou a próprio exploração das Américas após sua descoberta – também em iniciativas europeias.

Nesta fase do capitalismo, o Estado é um dos principais atores do cenário econômico global. É por isso que a fase pode ser nomeada como mercantilista, como uma referência direta à atuação destas grandes instituições públicas no fomento do mercado.

Capitalismo Industrial

Durante o mercantilismo, o desenvolvimento urbano e tecnológico dá espaço para a criação de um sistema produtivo mais refinado e especializado, que culmina na chamada Revolução Industrial. Neste ponto, o desenvolvimento de máquinas e instrumentos de produção em grande escala abrem uma nova oportunidade para o capitalismo.

É o que se chama de Capitalismo Industrial, mais focado na produção de bens do que em sua comercialização em locais distintos. É nesta fase em que se iniciam as primeiras evoluções fabris e investimentos em tecnologia como forma de otimização da produção e do maior acúmulo de lucros.

Capitalismo Financeiro

Já no século XX, um novo tipo de estrutura baseada no capital é desenvolvido. Embora os processos de globalização, comunicação e desenvolvimento bancário já existissem há bastante tempo, o período após Segunda Guerra Mundial surge com uma série de capacidades informacionais inéditas na sociedade.

Neste cenário, grandes corporações monopolistas e bancos globais tornam-se capazes de tomar as rédeas da economia – responsável pela estrutura social. Nesta fase, que vigora até hoje (para a maior parte das correntes), a produção industrial ainda é relevante, mas está diretamente atrelada à disponibilidade de capital por parte de isntituições financeiras.

Há quem considere que vivemos uma quarta fase do capitalismo, chamada de informacional, baseada no desenvolvimento da comunicabilidade e rápidas transações. Para a maior parte das correntes, no entanto, essa fase ainda é parte do capitalismo financeiro, ou monopolista.

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